Amor bandido

Nessa época de negociações, não é difícil encontrar um jogador dizendo que vai dar prioridade a tal clube por amar a torcida, ser torcedor ou pelo respeito à história. O discurso é mais do que comum. No Bahia, desde o final da Série B do Brasileiro, a prática foi constante.

O discurso da paixão pela torcida e do prazer de jogar pelo tricolor foi repetido por quase todo o elenco. Até mesmo os que sabiam que não iriam continuar no Fazendão aderiram à onda. Só que, entre os que interessam ao clube, o que se viu foi muitas palavras e pouca ação.

Com o receio de ficarem queimados com a torcida, os jogadores colocaram o Bahia lá em cima. Fizeram mil elogios aos torcedores e revelaram o desejo de permanecer no clube. Só que na ‘hora H’, no momento de assinar o contrato, o peso do salário tem sido maior do que a paixão pelo azul, vermelho e branco.

Tirando a estranheza do caso da renovação de Alison, o zagueiro é um dos jogadores que declararam amor ao Bahia, mas não se esforçaram tanto assim para continuar no clube. Desde a semana passada, o que se vê nesta situação é a diretoria dizendo que a renovação está próxima e o empresário do jogador criticando a postura dos dirigentes tricolores.

É por essas e outras que eu fico com o que o empresário de Thiago Neves, Léo Rabello, declarou esta semana: “Jogador de futebol dá preferência a condições de trabalho, não ao Rio de Janeiro ou algo assim. Como tem salário alto, dá preferência a quem possa pagar o salário dele. Essa conversa fiada de amor ao clube não existe”.

6 Respostas

  1. Esse papo de amor ao clube um dia pode ter existido, quem sabe, em 40 ou quem sabe nos anos 50, 60. Hoje como o rubro-negro Franciel Cruz, afirma: é tudo papo furado, cheiro mole, conversa muito comum nas lojas boticário. O Léo Rabello está apenas sendo honestos, parabéns para ele.

  2. Essa historia deve mudar. Observem que os clube. daqui pra frente, tenderão a reduzir a idade dos jogadores. É uma tendencia. Ou fazem assim ou nçao resistirão a exploração salarial que tendem a enfrentar.

  3. Concordo. Essa conversa de amor ao clube é papo furado mesmo.
    No caso de Jael, o empresário jogou uma conversa de um suposto interesse do Vasco e nada se concretizou. Será que houve interesse mesmo?
    Jael, que ficou quieto durante a especulação, agora que continuar…Besta é quem acredita!

    Acessem meu blog: http://www.bastidoresfc.blogspot.com

  4. Só conheço um jogador que demonstrou amor ao clube (enquanto jogador) trata-se de Bobó, o resto é papo

  5. Apesar de concordar em partes com o temas exposto, entendo que não devemos generalizar. Existem exceções, como os goleiros Rogério Ceni (São Paulo) e Marcos(Palmeiras), que além de permanecerem no clube por respeito ao clube, demonstram “amor”.

  6. Dá para generalizar sim Cássio Jônatas, você citou acertadamente dois jogadores num universo de milhares. São duas gotinhas no meio do oceano atlântico

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